Crianças de diferentes idades apresentam problemas emocionais que dificilmente são identificados espontaneamente pelos pais ou responsáveis. Isso porque, pela pouca idade, os pequenos ainda encontram dificuldades para diferenciar e nomear os próprios sentimentos, resultando em expressões emocionais de acessos de raiva, fúria, choro e descontentamento.

Engana-se quem acredita que a maneira infantil de demonstrar emoções trata-se de “manha”, “birra” ou “busca por limites”. Na verdade, a reação emocional da criança pode ser apenas o sintoma de um problema mais grave que, se não investigado, pode acarretar em disfunções emocionais no futuro. Desse modo, cabe a nós, adultos, auxiliar os pequenos na identificação desses sentimentos, assim, o processo de aprendizado da autonomia emocional se inicia desde cedo.

No meu espaço de psicoterapia infantil, esse auxílio, envolve o trabalho conjunto entre o psicoterapeuta, a criança e a família. Nosso papel principal é auxiliar a criança na descoberta da própria identidade, assim como investigar a relação no núcleo familiar por meio de atividades lúdicas e brincadeiras, ajudando o pequeno a se fortalecer perante o mundo.

A Psicoterapia infantil também funciona como um espaço de orientação com foco na capacitação dos pais para a criação e tratamento da criança e/ou adolescente sob sua responsabilidade. É esperado que os pais aprendam, sob minha orientação, mudanças que auxiliem a evolução desses jovens, criando um espaço familiar saudável e acolhedor.